20 de janeiro de 2015

Nota Zero na Redação sobre Publicidade Infantil

Todos os anos são divulgados os índices de desempenho dos estudantes no Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem. Um dos focos preferidos do noticiário é o número de participantes que tiram zero na redação. Por ser publicitária e também professora, o tema da redação de 2014 – Publicidade Infantil em Questão no Brasil – me fez ler com mais interesse o noticiário sobre o assunto.

Numa das matérias que li (link) o Ministro da Educação Cid Gomes tenta justificar como um dos fatores do mau desempenho o fato de o tema não ter sido amplamente discutido (como foi o caso do tema de 2013, a Lei Seca).

Ocorre que, independentemente de o tema ter sido ou não discutido amplamente pela sociedade e pela mídia, isso por si só não impede que a redação do Enem seja mal realizada. A questão crucial é, primeiro de tudo, a falta de entendimento do que se está propondo para que seja desenvolvido o conteúdo da redação.

A prova não arremessa para os estudantes um tema. Ela apresenta, no enunciado da questão, textos e gráfico sobre o assunto que objetivam motivar e dar subsídios para que, aí sim, cada pessoa possa desenvolver um raciocínio com argumentações e propostas (veja a prova aqui). O que me parece, principalmente pela vivência em sala de aula, é que ler atentamente um enunciado tem sido tarefa difícil para muitos. Passa-se da primeira frase à última sem ler o meio, sem prestar atenção, sem nem tentar entender o que se está pedindo. Outra coisa, infelizmente, é que muitos lêem, mas não compreendem, pois não desenvolveram a capacidade de interpretar. Também não sabem defender um ponto de vista porque não desenvolveram o hábito saudável da crítica e do questionamento nessa enxurrada de verdades “facebuquianas”. Não sabem o que quer dizer um texto dissertativo-argumentativo.

Muita calma nessa hora. Os estudantes, sozinhos, não fazem verão. A escola precisa mudar também e desenvolver nos aprendentes diversas habilidades e competências. No final das contas, isso se aplica a nós, publicitários, que fomos aqueles estudantes que agora estão no mercado de trabalho. Quanta gente aí que não entende o que o anunciante diz sobre seu problema (prestar atenção, interpretação), que nem se dá ao trabalho de estudar o mercado (pra que ler e pesquisar?) e paga pra ver quando divulga peças de conteúdo questionável (o negócio é chamar atenção e ter likes no Fb antes do Conar pedir pra tirar do ar).   

O caminho é longo nessa nossa “pátria educadora” que vem formando pessoas sem senso crítico e sem conhecimento sobre seu papel na sociedade.

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P.S. Para meus colegas de docência, recomendo o Guia Para Discutir Publlicidade Infantil em Sala de Aula (link), elaborado pelo Instituto Alana através do Projeto Criança e Consumo.

12 de janeiro de 2015

Como Você se Define: Texto, Título, Logo ou Ilustração?

Traduzi para os leitores do blog um texto divertido que classifica as pessoas de acordo com as categorias citadas aí no título do post. Ele foi escrito para responder a uma dúvida recorrente entre os gestores de agência: que tipo de profissional contratar para atender determinado cliente? Seu jeito de ser e trabalhar deverá ser parecido com o do cliente em questão? E se não for? Seguem as dicas do autor.

Entendendo o Perfil do Seu Cliente

por Bruce Kelley

Se você sabe que tipo de pessoa é o seu cliente ou prospect, pode obter melhores resultados, já que saberá a maneira mais adequada de vender algo para ele e até quem deverá fazer essa venda. Sendo mais específico: muitos consultores acreditam que podemos classificar os clientes (e a maioria das pessoas) em quatro tipos básicos. E que se você entende com que tipo de pessoa está lidando poderá aumentar significativamente suas chances de sucesso (seja em vender um anúncio, estabelecer um relacionamento, contratar um executivo de contas).

Então, aqui vai um resumo desses quarto tipos básicos (veja se você se reconhece em algum deles). A metáfora usada é que qualquer pessoa é, em essência, como um elemento de um anúncio impresso – título, texto, logo ou ilustração.

Mas antes de tudo devemos entender que clientes/pessoas se dividem entre os que são orientados para a tarefa ou aqueles orientados para as pessoas. E que também se dividem em perguntadores ou contadores. A matriz acaba ficando assim:



E as descrições dos perfis são essas:

Títulos – pessoas “título” tendem a ter estas características:

1. Orientados para o negócio
2. Focados em resultado
3. Tomam decisões rapidamente
4. Assumem riscos
5. Tendem a perguntar primeiro antes de agir
6. Prezam a eficiência
7. São organizados
8.  Vestem-se de forma apropriada
9. São líderes
10. São empreendedores

       
Texto – pessoas “texto” têm estas características:

1. São focados no processo
2. Têm atitude de business
3. São cautelosos
4. Tendem a perguntar primeiro
5. Às vezes pensam muito antes de tomar decisões
6. Fazem lista de tarefas
7. Vestem-se bem, coordenam cores
8. Gostam de fatos, detalhes, exemplos
9. Precisam de planos e seguem o planejado


Logos – os “logos” têm essas tendências:

1. Interessam-se pelos relacionamentos
2. Fazem perguntas
3. São orientados para as pessoas
4. Buscam o consenso
5. São cautelosos
6. São politicamente astutos
7. São amigáveis e abertos
8. São bacanas
9. São líderes


Ilustrações – pessoas “ilustração” tendem a:

1. Ser orientadas para as pessoas
2. Ser interessadas no primeiro, no mais novo, no melhor
3. Agir primeiro
4. Querer inspirar e a ser inspiradas
5. Ser impetuosas
6. Ser desorganizadas
7. Ser muito abertas com as pessoas
8. Gostar de motivar e ser motivadas
9.  Vestir-se de forma chamativa
10. Ser entusiasmadas
11. Ser sociáveis, ter traquejo


Atente para mais esses dois aspectos importantes:

• Se você conseguir classificar com qual tipo de pessoa está lidando, poderá amarrar, posicionar e organizar sua apresentação, conversa, reunião etc. a fim de ser mais eficaz, pois será mais relevante para sua audiência.
• Se você sabe que tipo de pessoa você é poderá, então, saber o que modificar em si para tornar-se pessoalmente mais eficiente na relação com quem você estará lidando.

Uma última observação:  pesquisas sobre os perfis acima apontam que Textos tendem a casar-se com Ilustrações. E que Títulos tendem a casar-se com Logos. Verifique se isso bate com você e o seu par. Mesmo que não seja cientificamente verdadeiro, aqui entre nós, deu certo pra esse Logo aqui.


Fonte: AEF - Advertising Educational Foundation

7 de janeiro de 2015

Curso de Gestão de Contas na ESPM-RJ

A ESPM-RJ promove seus cursos de férias. Entre eles está um curso de 1 dia, com duração de 7 horas, ministrado por mim. Será num sábado, pois o propósito é que mais pessoas possam participar sem que tenham que faltar ao trabalho. Dê uma olhada no programa:

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Para mais informações e inscrição, clique neste link

5 de janeiro de 2015

Mapas Mentais

Mapa mental ou mapa conceitual é um recurso que nos ajuda a aprender, a sintetizar e a memorizar a essência de um conteúdo específico. Nada mais é que um diagrama, mas existe uma técnica para transformar um conteúdo em mapa mental que, uma vez dominada, auxilia muitíssimo. Muita gente já se utiliza de mapas conceituais para estudar ou até mesmo para utilizar em suas apresentações aos clientes, fugindo dos tradicionais slides em Power Point com texto e imagem. Também podemos mesclar os conteúdos de uma apresentação, usando os modelos de slides de sempre + slides com mapas mentais. Eu, por exemplo,  gosto de finalizar uma explanação com um mapa mental que resuma todo o conteúdo para a minha audiência. Você amarra o final da apresentação de forma bem eficiente.

Existem vários programas que você pode baixar de graça e que auxiliam na realização de mapas mentais, basta procurar na internet. Deixo de presente pra os leitores de blog esse modelinho aqui, que de forma simples resume o que é preciso para ser um bom Atendimento Publicitário: