29 de janeiro de 2010

Invisível, e Daí?

É recorrente os Atendimentos se queixarem sobre a omissão do seu nome nas fichas técnicas. Vira e mexe está lá uma matéria sobre a campanha x ou y em publicações do trade e nada do nome do Atendimento na ficha.

No mercado, aquele velho papo da extinção do Atendimento, que falta razão de ser para essa função blá-blá-blá.

Só que cansei dessa conversa. Em vez de reclamar, por que não entender a coisa de outra forma?

Do que tratamos aqui é da habilidade em conduzir as contas e os jobs no dia-a-dia. Bons diagnósticos, bons briefing, informações corretas para a produção, follow-up eficiente, relacionamento saudável e de alto nível profissional com a equipe da agência e com o cliente. Esse trabalho “aparece”? Talvez não, se tudo isso for feito com a maior eficiência possível. Tudo dá tão certo, o trabalho flui sem maiores traumas que parece que “nada aconteceu”.

Num dos capítulos do excelente livro “The Art of Client Service”, Robert Solomon diz com todas as letras que crédito é para os criativos e que nós deveríamos deixar de gastar nosso tempo pensando nisso. “Como executivo de contas, seu trabalho consiste em dar crédito – ao seus clientes, aos seus colegas – e não obtê-lo para si. Na maioria das vezes, quem verdadeiramente admira o que você faz são outros executivos de conta", conclui Solomon.

Ser Atendimento é ter de conviver com um típico “segredo de Tostines”: é bom porque não aparece ou não aparece porque é bom?

25 de janeiro de 2010

Para Quem, Mesmo?

Você trabalha para quem: para o seu chefe, para a agência ou para seu cliente? Não vale dizer para todos. A pergunta aqui se refere ao nível de importância que você, no seu julgamento particular, acredita lá no fundo e segue à risca. Não precisa confessar...basta apenas pensar sobre o assunto.

Esse papo surgiu um dia desses quando conversava com uma amiga, experiente diretora de Atendimento, sobre algumas características das empresas brasileiras e, consequentemente, dos profissionais brasileiros. Mais do que a orientação para resultados, a nossa cultura privilegia muito as relações interpessoais. Daí sermos surpreendidos ou levados a viver ou presenciar situações que – convenhamos – nem sempre levam os negócios ao patamar ideal de sucesso.

Ilustrando com alguns casos da vida real:

“Caso-verdade” 1 - Uma executiva de contas falava ao telefone com o cliente, quando então recebeu um recado de que sua chefe estava na outra linha querendo falar com ela. A executiva de contas interrompeu a conversa com o cliente e atendeu sua chefe ao telefone.

“Caso-verdade” 2 - Um executivo de contas comenta no meio de um dia daqueles: não posso de forma alguma desagradar o cliente, afinal é ele quem paga o meu salário.

“Caso-verdade” 3 – O gerente geral da empresa mantém na equipe um executivo do qual não esconde sua predileção. Um dia comenta, entusiasmado: gosto muito dele, sabe? Posso pedir qualquer coisa que ele não questiona, não reclama de nada.

Conhece aquela máxima de Donald Trump, no “Aprendiz”? Fale a verdade: quem aqui realmente acredita que “não é nada pessoal, só negócios?”

17 de janeiro de 2010

Atendimentos Premiados em 2009

No final do ano passado fiquei devendo a lista de Atendimentos premiados em 2009. Antes que janeiro acabe, aqui vai a informação.

Luis Fernando Musa – Ogilvy – Prêmio Caboré

Musa trabalha há 14 anos na Ogilvy, onde começou no Atendimento e chegou a diretor geral para o Brasil. Conseguiu o emprego com um anúncio, enviado também para outras grandes agências, que mostrava um bondinho de um lado e diversos executivos do outro, escalando o Pão de Açúcar. A mensagem era algo como "Neste bonde, posso fazer tudo, até servir café". Somente a Ogilvy respondeu.


Gal Barradas - Grupo TV1 – Prêmio Contribuição Profissional, da APP

Gal começou a carreira em Salvador, na DM9. Integrou a equipe da Idéia3 antes de aceitar o convite de Duda Mendonça para trabalhar com marketing político em São Paulo, onde passou ainda por W/Brasil e AgênciaClick. Trabalhou por sete anos na F/Nazca S&S, foi VP de Propaganda da MPM e hoje é Vice-Presidente de Negócios e Gestão de Marcas do Grupo TV1. Gal Barradas vem trabalhando há bastante tempo para o aprimoramento e a valorização do Atendimento. Tem dado palestras, entrevistas e escrito vários artigos sobre o assunto. Ajudou a formar a Comissão dos Profissionais de Atendimento da APP-SP.


Luciana Vasconi – Agência 3 - Prêmio Destaque Profissional de Comunicação, da ABP

Em 24 anos de atuação, Luciana trabalhou em várias áreas antes de se tornar Atendimento. Começou na área administrativa da Speroni Comunicação Integrada, passou pelo tráfego, pela produção gráfica, tornou-se gerente de operações e finalmente iniciou suas atividades na área de Atendimento. Como sócia-diretora do Grupo 3+, Agência3 e Local, Luciana tornou-se empresária, mas não deixa de exercer a gestão das contas de perto. Luciana Vasconi também é presidente do GAP.


Milena Tapioca - Agência Única – Prêmio ABMP

Milena iniciou sua carreira na M21 Propaganda. Logo foi contratada pela Pejota, depois pela Única, e em seguida pela Viamídia, onde atuou por quase 4 anos. Em 2008, retornou a Única como Supervisora de Atendimento e agora atende algumas das contas do Governo da Bahia. Milena também é professora do curso de Publicidade e Propaganda da Faculdade da Cidade.

6 de janeiro de 2010

13.140 Cafezinhos Depois...

Quer descobrir o quanto você ralou desde que começou na carreira publicitária? No site oficial do Prêmio Caboré 2009 você descobre fácil. É só preencher com seus dados na página. Entrei na brincadeira e vi ali mensuradas muitas coisas pelas quais passei, além dos milhares de copinhos de café bebidos (figura). Divertido.