10 de outubro de 2007

Definições que não nos definem

Muito comum a gente ainda ouvir a definição da função de atendimento publicitário como o representante do cliente na agência e da agência no cliente. A definição é inadequada. E traz diversos mal-entendidos que acabam prejudicando inclusive o nosso relacionamento com os colegas de trabalho.

Tenho lá minhas desconfianças de que isso está tão introjetado no “inconsciente coletivo” das agências que contribui – e muito – para aquela velha e boba implicância da criação com o atendimento que, impressionantemente, ainda existe. E olha que não estou falando de gente da velha guarda, não. É incrível como se vê gente jovem embarcando nessa. Muitas vezes me perguntei qual seria o real gerador desta atitude. Não me apeguei em respostas pré-concebidas e preconceituosas a respeito da função, pois estaria batendo na mesma tecla e reforçando velhos chavões. Resolvi filosofar um pouco e arriscar esta hipótese de que a coisa pode ter surgido muito em função destas definições inadequadas sobre o que é, de fato, a função de um atendimento publicitário.

Pois pense bem: você também não se sentiria incomodado pelas demandas, pressionado a realizar as coisas porque, afinal, o cliente é quem paga a conta e ele está ali, participando de perto do seu processo de trabalho? Não dá muita área de respiro. É como ter um chefe no seu pé. Mais atrapalha que ajuda, não é?

Espero que este blog contribua para que a gente possa discutir melhor a função do atendimento publicitário sem atribuir a ele um poder que ele não tem. Mas sem tirar dele a importância devida como parte de uma equipe de trabalho que, aí sim, deve estar em sintonia para atender, no conjunto, os clientes da agência.

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