18 de outubro de 2007

Atendimento/Planejamento – até quando?

Chama a atenção este ano que duas premiações importantes do mercado publicitário separaram, pela primeira vez, as categorias Planejamento de Atendimento: o Prêmio APP de Contribuição Profissional 2007, oferecido pela Associação dos Profissionais de Propaganda de São Paulo, e o Prêmio Caboré 2007, do Meio & Mensagem.

Dou uma olhada no Blog do GP. Vejo muitos posts a respeito de criação, das tendências etc. e nada sobre a interação entre as áreas de Planejamento e Atendimento.

Leio também na última edição do jornal Propaganda e Marketing (outubro 2007) duas notícias. Uma delas fala sobre a reestruturação da criação na JWT e diz que o novo Chief Creative Officer , Mario D´Andrea, trabalhará em parceria com os diretores de planejamento, Ken Fujioka, e geral, Martin Montoya. A outra, intitulada “Sintonia com o Planejamento”, fala que na reformulação da Y&R o diretor de criação Tomás Lorente fez uma série de mudanças e que uma delas foi a aproximação maior da criação com o planejamento. Ele, inclusive, divide a sala com o diretor de planejamento David Laloum.

Para mim, fica claro que o Planejamento está, cada vez mais, se aproximando da Criação. É seu papel tratar de fornecer insights, capturar tendências, de prover conteúdo, base e estímulo para que uma boa idéia tenha fundamento. Quem não me deixa mentir é o “fera” Jurandir Craveiro, sócio e diretor de planejamento da NBS. Olha só o que ele diz numa entrevista ao site do GAP-RJ: “Nós do Planejamento temos que entender tanto quanto, sendo o braço direito do Atendimento para entender o Business, e a ponte para levar este entendimento de business para a Criação.” (...) “Eu brinco muito que o Planejamento nos anos 90 era assim: “ele ajuda o marketing do cliente e é o braço direito do Atendimento”. Hoje eu digo o seguinte: o Planejamento tem como grande missão ser amado e respeitado pela Criação”.

Não quero dizer com isso que o Atendimento não deva participar do planejamento. Mas não acho que o dia a dia do profissional de Atendimento permita que ele exerça também a função de um planner. E é por isso que também não creio que as agências possam prescindir dos profissionais de Atendimento. Afinal, quem mais poderia estar disponível para integrar cliente e agência, para participar do negócio do cliente entendendo-o e traduzindo-o, para operacionalizar a execução dos trabalhos, enfim, para cuidar da dinâmica dos processos internos e externos que envolvem as contas?

Um comentário:

Ivan Savaris disse...

Parabéns pelo Blog!! Cheguei nele a partir do site do GAP do Rio. Muito interessante a idéia de falar sobre a nossa função dentro da agência e abrir espaço para discussões. Também sou atendimento em Blumenau - SC e certamente vou virar frequentador desse espaço.
Grande abraço

Ivan C. Savaris